Religioso diz que recebeu ameaças de ex-interno da Febem, a quem pagou pelo menos R$ 56 mil em três anos
Um bando chefiado por um ex-interno da Febem é investigado pela polícia por extorquir dinheiro do padre Júlio Lancelotti, de 64 anos, vigário do Povo de Rua e integrante da Pastoral do Menor. Pelo menos quatro pessoas - uma delas já presa - são suspeitas de exigir do religioso pelo menos R$ 56 mil ao longo de três anos. A Igreja cobrou ontem das autoridades segurança para a vítima. "É fato que o padre lida com situações de risco", disse o arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer.
O padre disse que deu dinheiro a Anderson pela primeira vez há sete anos, quando o jovem deixou a Febem (Fundação Casa). "O padre queria que ele recomeçasse a vida na sociedade", disse o delegado. Pimentel afirmou que, no começo, os valores exigidos eram pequenos, de R$ 500 a R$ 800, para, por exemplo, quitar dívidas de aluguel da família de Anderson.
Pimentel disse que as solicitações passaram a ter tom de ameaça depois que Anderson começou a namorar Conceição, há três anos. "O grupo foi pedindo valores ainda mais altos, chegando a exigir um terreno no litoral, no valor de R$ 40 mil", afirmou o policial.
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Além de dar dinheiro ao bando, o religioso acabou, sem saber, fiador de uma Pajero, que estava em nome de Conceição. "Um dia, o padre recebeu uma ligação dizendo que havia oito parcelas do veículo atrasadas. Teve de pagar o equivalente a R$ 16 mil", disse Bernardino.
Este padre é um grande " amigo " dos internos da Febem, agora prova do mal que sempre apoiou, isso se esta história for verdadeira. O que acho muito estranho.