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sexta-feira, março 25, 2011

A Viação TUSA sua história na Freguesia/Brasilândia..






A HISTÓRIA DA TUSA COM A VILA BRASILÂNDIA parte 2
Isso “oficializou” de certa maneira a periferização da cidade e um centro mais refinado, porém mais excludente. A população de baixa renda, que já tinha poucas condições de ter uma moradia considerada digna no centro da cidade, o que justificava o crescimento de bairros afastados pro conta da especulação imobiliária, com a remodelação da área central, empurrava o restante dos moradores de baixa renda para a periferia.
A Empresa Brasilândia de Terrenos e Construções foi ágil. Além de lotear rapidamente o bairro, focava seus negócios no público de baixa renda, carente de moradia mais barata e com facilidade de condições de pagamento. A classe média, embora não denominada assim nesta época, dificilmente iria para lugares mais afastados, cenário diferente de hoje, quando áreas como a zona Sul e Alphaville, e Barueri, atraem esse público.
Assim, como as empresas de ônibus, as companhias imobiliárias miravam o público certo no momento certo: população carente de moradia e sem meios próprios de transportes.
Os primeiros moradores da Vila Brasilândia, segundo registros da Prefeitura, foram justamente vários ex-habitantes dos cortiços e casarões desapropriados e demolidos por Prestes Maia.
Uma das estratégias da Empresa Brasilândia era facilitar o pagamento dos terrenos: em 12 vezes e sem juros. Uma promoção também atraía: quem comprasse os lotes da Brasilândia, ganharia uma grande quantidade de tijolos.
A eles, somaram-se operários, imigrantes, principalmente portugueses, italianos e espanhóis, todos, a sua maneira, com seus conhecimentos e habilidades, faziam com que a região se desenvolvesse.
Um grande exemplo,foi o casal de mineiros Luiza Sales Rezende e Benedito Rezende, que chegaram a Vila Brasílândia em 1948. Luiza ficou inconformada com o fato de não haver escola no bairro e nas áreas adjacentes.
Depois de dois anos de luta, ela conseguiu uma sala para lecionar no Centro Esportivo do Bairro, em 1950. Era formada a primeira escola da Vila Brasilândia, o Grupo Escolar da Vila Serralheiro. Um ano depois, ganha novas instalações, sendo reconhecida oficialmente como parte da rede estadual de ensino pelo então Governador Lucas Nogueira Garcez.
Duas das grandes devoções do brasileiro, futebol e religião, também remetem aos primórdios de Vila Brasilândia.
Em 1949 era inaugura o Elite Futebol Clube. Como até os anos de 1970 era comum o fato de os bairros terem mais de um grupo de jovens (normalmente as chamadas turminhas da parte de cima do bairro e turminhas de baixo), em 1950, apareceria um rival, o Tiro ao Pombo Futebol Clube, nome dado pelos fundadores praticarem já há algum tempo esse modalidade contra os animais, que sequer pode ser chamada de esporte na opinião de muitos.
Em 17 de setembro de 1953, com a ajuda de boa parte dos moradores, foram concluídas as obras da Paróquia Santo Antônio de Vila Brasilândia, a primeira igreja do bairro. A inauguração da igreja foi bem ao estilo de uma sociedade que crescia economicamente e em número de habitantes: um casamento. Os noivos que inauguraram a igreja segundo arquivos da Prefeitura foram Manoel Guilherme e Benedita Guilherme. Hoje nem tanto, mas naquela época, casamento era sinal de que viriam muitos filhos. O pessoal brincava que para cada casamento surgiam pelo menos três batizados depois.
Os anos de 1950 marcaram o Brasil, o presidente Bossa Nova, Juscelino Kubitscheck acabara na segunda metade desta década de adotar uma política desenvolvimentista que privilegiava a indústria, em especial a de automóveis.
As mudanças na política econômica elevaram o grau de urbanização do País e mesmo com a marcha para o Centro Oeste, com a criação quase no final de seu mandato de Brasília, as regiões que mais se privilegiaram com a industrialização foram as Sul e Sudeste.
O ABC Paulista foi escolhido para o ser o campo da grande indústria automotiva, das montadoras. A Capital Paulista, além de abrigar algumas fábricas de carro também tinha várias empresas da cadeia produtiva
AB

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