A professora aposentada Maria do Carmo da Silva, de 62 anos, cumpre pena de 14 anos em um hospital penitenciário. O motivo: participou da manifestação de 8 de janeiro de 2023, vinda com a caravana de Tangará da Serra (MT), levando apenas uma Bíblia. Como muitos, abrigou-se em um prédio aberto durante o caos, mas foi tratada como perigosa pelo atual governo.
Mãe de três filhos (25, 28 e 35 anos), formada em Pedagogia e com pós-graduação, ela passou sete meses presa e hoje vive em liberdade provisória com tornozeleira eletrônica. Respondeu ao Inquérito 4922 e foi condenada por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado — julgamento feito em última instância, de forma virtual e sem direito a recurso.
A acusação de depredação contrasta com sua trajetória: dava aulas e ministrava cursos sobre projetos de preservação, sendo autora do projeto de restauração do Casarão do Marechal Cândido Rondon, patrimônio histórico em seu estado.
Via Instagram: anacemin